ORGÂNICOS – A prefeitura de Capão Bonito através da Secretaria Municipal de Agropecuária, Obras e Meio Ambiente, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e o Sindicato Rural já iniciaram o Programa de Cultivo de Tomate Orgânico.
O programa é gratuito e os módulos são realizados duas vezes por mês durante seis meses nas propriedades rurais escolhidas no Bairro Tamanduá.
Quinze produtores estão participando do programa e demonstrando entusiasmo com as dicas transmitidas nas aulas pelo instrutor do SENAR – Paulo Bassul e o coordenador do SENAR em Capão Bonito – Gilberto Augusto.
Segundo o secretário Reinaldo Daniel Jr e diretor agrícola Carmo Contieri, o objetivo do programa é capacitar os pequenos produtores do município a preparar a produtor para a formação em agricultura orgânica, dando ênfase à formação de agentes multiplicadores naturais.
De acordo com os técnicos “a agricultura orgânica não é apenas um processo de cultivo que culmina em produtos saudáveis, de alto valor nutricional e sem qualquer tipo de contaminantes, mas ela também contribui para a criação de ecossistemas mais equilibrados, ajudando a preservar a biodiversidade, os ciclos naturais e as atividades biológicas do solo, além de melhorar a qualidade de vida do produtor rural e de toda a sociedade”.
Os módulos do Programa de Tomate Orgânico são: Preparo do Solo, Plantio, Condução da Planta, Controle de Pragas e Doenças, Frutificação, Colheita e Beneficiamento.
“É um programa que beneficia diretamente agricultores familiares do nosso município, atendendo o pedido do líder comunitário do Tamanduá Leonardo. Como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) vem praticamente parando no Brasil e estamos buscando novas estratégias para beneficiar os agricultores familiares e evitar o êxodo rural. Os orgânicos vem ganhando cada vez mais espaço na alimentação e tenho certeza que o cultivo será uma forma dos pequenos agricultores agregaram valor as produções”, explicou Reinaldo Daniel Jr.
Lavouras de tomate orgânico viram aposta firme e lucrativa – O tomate saudável, produzido num sistema mais simples e econômico, começa a ganhar espaço nas lavouras do Brasil.
É o chamado tomate orgânico, sem o uso de adubo químico e agrotóxico, produtos muitas vezes responsáveis por danos provocados nas plantações e no meio ambiente e que atacam a saúde dos produtores.
O cultivo vem crescendo em propriedades de São Paulo e Minas Gerais. O resultado? Tomates mais saborosos, saudáveis, com preço melhor e mercado consumidor garantido.
A unidade da Emater de Sete Lagoas em Minas Gerais, por exemplo, implantou projetos experimentais de dois sistemas produtivos de tomate nas cidades de Leopoldina, Juiz de Fora, Janaúba, Três Marias, Prudente de Morais, Capim Branco e Arcos.
A produção do orgânico não aplica adubo químico e nem agrotóxico e o SAT, que faz uso de fertilizantes químicos, não usa agroquímicos. Foram escolhidos produtores que já fazem o cultivo de tomate mas nunca tiveram a oportunidade de fazer a plantação sem adubação química.
O trabalho vem sendo conduzido por Fernando Cassimiro Tinoco França, coordenador técnico de olericultura e agroecologia da Emater em Sete Lagoas.
Com o sistema de cultivo o produtor corre menos risco de se intoxicar com agrotóxicos.
Caldas alternativas (com extratos de plantas e minerais) são usadas no lugar dos agrotóxicos para pulverizar as lavouras. A matéria-prima orgânica que substitui os agroquímicos é triturada e deixadas de molho na água, como se fossem um chá.
O cultivo de orgânico é mais barato, pois geralmente é feito com extratos de plantas da região ou de locais próximos.
“O agrotóxico que era para ser ferramenta de trabalho, tem sido aplicado, hoje, de forma abusiva, com contaminação dos alimentos, meio ambiente e das pessoas. Com o programa em Capão Bonito queremos incentivar a produção de alimentos sem agrotóxico para fornecer principalmente nas escolas”, destaca o técnico e diretor agrícola Carmo Contieri.
