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XXII Encontro Regional de Educação acontecerá no dia 20

EDUCAÇÃO – Capão Bonito realizará no próximo dia 20 de outubro no Centro Educacional e Cultural “Paulo Freire” o XXII Encontro Regional de Educação.

Realizado pela Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Turismo, a temática será “As tecnologias, os valores e as tendências Educacionais frente aos desafios da implementação do BNCC”.

A palestrante será a drª. Zita Ana Lago Rodrigues especialista em Educação e em ética e filosofia política pela UFPR, mestre e doutora em Educação PhD WU – USA/UFRJ-BR.

As vagas são limitadas e as inscrições e informações podem ser feitas no “PORTAL DA EDUCAÇÃO DE CAPÃO BONITO/SP “: http://educacao.capaobonito.sp.gov.br/xxii-encontro-regional-da-educacao-de-capao-bonito/ até o dia 16 de outubro.

Para interessados que não integram o Quadro de Magistério Municipal, o valor da inscrição é R$ 40,00 (individual).

Para grupos formados de interessados que seja acima de 10 pessoas o valor é de R$ 30,00 por pessoa.

Para estudantes de Ensino Superior há o desconto de 50% no valor da inscrição, ficando R$ 20,00 (individual).

Programação – 8 às 8:45 horas credenciamento e coffee break, 9 às 9:45 horas – abertura oficial e apresentação cultural, 9 às 11:45 horas – conferência, 11:45 ás 12:30 – debate e encerramento.

Professores apontam dificuldades na implementação da BNCC

Professores e escolas não estão preparados para colocar em prática todos os pontos previstos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do ensino médio. É o que mostra o documento entregue pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), entidade que reúne os secretários estaduais de educação, ao Conselho Nacional de Educação (CNE).

O documento é resultado de ação promovida no dia 2 de agosto, quando gestores e professores de 21,5% das escolas públicas e privadas que ofertam ensino médio no país debruçaram-se sobre a BNCC. Eles apontaram fragilidades na proposta e sugeriram mudanças.

Os professores identificaram conteúdos que consideram muito complexos, que, para eles, deveriam ser aprendidos apenas no ensino superior, e mostraram também que as escolas precisarão de adequações e profissionais, de formação, para colocar em prática determinados pontos, sobretudo os que demandam o uso de tecnologias.

A BNCC estabelece, por exemplo, que os estudantes aprendam a apresentar-se por meio de perfis variados, como gifs biográficos, biodata, currículo web e videocurrículo e de ferramentas digitais, como gif, wiki e site. Segundo os professores e gestores, o problema não é a habilidade, mas “a falta de recursos tecnológicos nas escolas públicas para desenvolvê-la”.

A mesma questão de falta de estrutura aparece quando se trata da habilidade esperada dos alunos de analisar redes sociais, comparando os feeds e discutindo manipulações e formas de minimizar o chamado efeito bolha – que, de forma simplificada, faz com que os usuários de redes sociais recebam majoritariamente conteúdos com os quais já têm afinidade, dificultando o contato com ideias diferentes.

Outras habilidades demandam ainda a capacitação dos professores, como “utilizar os conceitos básicos de uma linguagem de programação na implementação de algoritmos escritos em linguagem corrente e/ou matemática”. Para os docentes e gestores, ela “só poderá ser implementada caso haja capacitação dos professores para o domínio da área e laboratórios de informática para os alunos”.

Para a presidente do Consed, Cecilia Motta, a BNCC não deve trazer apenas o que poderá ser executado imediatamente, mas objetivos ambiciosos. Ela enfatiza que ainda haverá um prazo para que ela seja implementada, suficiente para escolas e professores serem preparados. “Eu acho que a Base tem que mirar coisas mais altas, a gente tem que parar com essa hipocrisia de ficar nesse patamar que estamos no ensino médio”.

“Em 2019 ainda vamos estar em processo formativo dos professores, no processo de escrita dos currículos, com pretensão de mudar o que está posto para o ensino médio”, disse.

Habilidades – Em uma escala de 1 a 5, os professores e gestores classificaram cada uma das habilidades e competências previstas na Base quanto a clareza e pertinência. Todas as áreas receberam notas acima de 4.

Os professores também analisaram os conteúdos mais presentes e os que estão menos contemplados nas competências previstas na BNCC. Na área de ciências humanas e sociais aplicadas, filosofia foi o componente considerado menos contemplado. Em três das seis habilidades previstas, menos de 70% dos professores reconheceram a presença do componente.

O ensino da disciplina foi alvo de polêmica durante a discussão do novo ensino médio ainda no Congresso Nacional. Para mudar a etapa, foram feitas alterações em normas vigentes que obrigavam o ensino de filosofia nas salas de aula. Com a nova lei, ficou estabelecido que a BNCC deveria obrigatoriamente prever o ensino de filosofia, assim o de educação física, arte e sociologia.

Na área de linguagens, professores e gestores apontaram língua inglesa como o componente menos contemplado e, na área de ciências da natureza, química.

“A construção desse documento vem sendo feita há muitos anos. Faz muito tempo que nós professores estamos vendo que a educação não está satisfatória. Já discutimos e não vejo o porquê de parar mais tempo para discutir. Não está boa a Base? Não é perfeita? Não é perfeita, mas podemos consertar. Vamos colocar o trem em cima do trilho e consertar no caminho”, defendeu Cecilia.

Novo ensino médio – O ensino médio é considerado o maior gargalo da educação básica, com os piores indicadores. Para tentar mudar o cenário, o novo ensino médio, previsto em lei aprovada no ano passado, estabelece que as escolas passem a ensinar um conteúdo comum em todo o país, que deverá ocupar 1,8 mil horas dos três anos da etapa de ensino e que, no tempo restante, os estudantes possam receber formações específicas em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ensino técnico, escolhendo uma de preferência.

A parte comum será definida pela BNCC, que atualmente está em discussão no CNE. Além da Base, o conselho discute ainda diretrizes que vão orientar as redes de ensino na implementação da nova lei.

O documento, que está disponível na internet, está dividido em quatro áreas do conhecimento – matemática, linguagens, ciências da natureza e ciências humanas e sociais aplicadas. Para cada área, são estipuladas competências para serem aprendidas pelos estudantes e, para cada competência, são definidas habilidades que garantirão esse aprendizado.

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